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ESPORTES


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Copa e Jogos Olímpicos: Brasil no mapa esportivo mundial - país democratiza acesso ao esporte e investe na formação de atletas de alto rendimento

Com Lula e Dilma, o Brasil tornou-se palco dos dois maiores eventos esportivos do planeta: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. A escolha do país como sede desses megaeventos confirmou o reconhecimento do Brasil dos anos 2010 como protagonista no cenário mundial. E o Brasil não fez feio. A Copa foi considerada “A Copa das Copas” e as Olimpíadas trouxeram medalhas aos atletas brasileiros, investimentos em mobilidade urbana e um número recorde de estrangeiros ao país.

Naqueles anos de governo progressista, o mundo reconheceu no Brasil o anfitrião ideal. O gigante não parava de crescer, distribuindo renda, batendo recorde na geração de empregos e promovendo a ascensão social de milhões de pessoas.

Os megaeventos foram concebidos como oportunidade de crescimento e da criação de um legado duradouro. Juntamente com os governos estaduais e a iniciativa privada, era chegada a hora de modernizar não apenas arenas esportivas, mas também aeroportos, transportes públicos e instalações urbanas. Com o crescimento da renda e do trabalho, só entre 2002 e 2015, o número de passageiros em voos de avião subiu de 38 para 117,6 milhões, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A revitalização de áreas como a orla de Salvador e a zona portuária do Rio de Janeiro deu energia nova às cidades. Só em mobilidade urbana, o impacto positivo dos megaeventos foi planejado para beneficiar 60 milhões de brasileiros. Porém, infelizmente, o avanço do boicote golpista contra Dilma Rousseff afetou negativamente esses números. Muitas obras não foram entregues até hoje e até o número de passageiros de avião caiu em 2016, ano da Olimpíada, para 109,6 milhões.

Investimentos em esportes foram crescentes com Lula e Dilma

A importância do esporte para o governo Lula ficou evidente já no primeiro dia de seu mandato, com a separação do Ministério do Esporte e Turismo em duas pastas diferentes. Segundo dados do Ministério dos Esportes, o investimento dos governos do PT em políticas públicas esportivas foi crescente, aumentando a despesa paga de R$ 481 milhões em 2003 (em valores atualizados para 2021) para R$ 1,3 bilhão em 2010, último ano do governo Lula, um aumento real de 241%.

Já entre 2010 e 2015 a despesa dobrou, chegando a R$ 2,7 bilhões, e no governo Temer foi reduzida em 61%, atingindo R$ 1,1 bilhão em 2018. Em 2019 o Ministério foi extinto pelo governo Bolsonaro e se tornou uma secretaria do Ministério da Cidadania.

Presidente Lula com medalhistas brasileiros nas Olimpíadas e Paralimpíadas de Pequim. | Foto: Ricardo Stuckert

Presidente Lula com medalhistas brasileiros nas Olimpíadas e Paralimpíadas de Pequim. | Foto: Ricardo Stuckert

Esporte ganhou mais investimento com Lula e Dilma

Esportes para todos – nas ruas, escolas, parques e praças

Com Lula e Dilma, o país tornou-se capaz de descobrir e formar atletas das mais diversas modalidades. Construiu milhares de quadras poliesportivas cobertas em escolas públicas municipais e estaduais, implantou Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs) para promover a iniciação à prática de esportes e estimular a formação de atletas em áreas de vulnerabilidade social, e equipamentos de esporte de alto rendimento em todo o território nacional. Nesse processo foi aprovada uma avançada Lei de Incentivo aos Esportes e criado o Bolsa Atleta, o maior programa de incentivo direto a atletas do mundo.

Aspas PALAVRA DO LULA

Estado tem que formar atleta

“Nós jamais seremos uma grande potência esportiva se a gente não tratar o investimento em esporte como uma decisão do Estado brasileiro. Uma decisão do governo. Porque a iniciativa privada tem um comportamento extraordinário, mas cuida mais do atleta pronto, do atleta “acabado”, do atleta que dá retorno financeiro, do atleta que recebe publicidade. E nós precisamos cuidar do atleta antes de ele ser atleta, antes de ele ser famoso, antes de ele ter nome na praça. E somente o Estado é que pode fazer isso.”

Presidente Lula

PALAVRA DO POVO

"A gente treina na maioria das vezes em quadra de chão duro, e isso faz com que o pneu se desgaste rapidamente, e tem as cordas da raquete, que a gente precisa trocar periodicamente. Então esse valor é de suma importância para que a gente possa estar o tempo inteiro com a melhor condição de material possível dentro de quadra."

Carlos Alberto dos Santos, tenista paralímpico, beneficiário do Bolsa Atleta

"A dança do ventre é a ginástica. Porque nem a blusa mais eu conseguia tirar. Quem penteava o meu cabelo era a minha mãe. Aí, através da dança, eu voltei a ter os meus movimentos do lado esquerdo todos, normais."

Rosângela Magalhães, que teve um AVC e recuperou movimentos com o auxílio do Programa Esporte e Lazer da Cidade

"Estamos nos preparando da melhor maneira possível, temos grande ajuda, fortes patrocinadores, um grande incentivo do Bolsa Atleta. Estamos tentando usar isso para que seja um plus para nossa melhoria, para nossa evolução."

Alexandra do Nascimento (Alê), atleta da seleção brasileira, melhor jogadora de handebol do mundo em 2012

Durante o governo Lula foi aprovada a Lei de Incentivo aos Esportes e criado o Bolsa Atleta, o maior programa de incentivo direto a atletas do mundo. | Foto: Ricardo Stuckert

Durante o governo Lula foi aprovada a Lei de Incentivo aos Esportes e criado o Bolsa Atleta, o maior programa de incentivo direto a atletas do mundo. | Foto: Ricardo Stuckert

A Copa das Copas


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Brasil faz o melhor Mundial de todos os tempos

Em 2014, os jornalistas estrangeiros se encantaram: “A melhor Copa de todos os tempos”. Jason Davis, da ESPN britânica, até lançou a ideia: “Que todas as Copas do Mundo sejam no Brasil”.

Naquele ano, o ex-jogador norte-americano Lalas, agora comentarista esportivo, mal desembarcou no país e logo elogiou o aeroporto e a segurança.

O secretário-geral da Fifa, o francês Jerôme Valcke, não fez por menos: “O que estamos vendo fora de campo nas diferentes cidades-sede é o que todos esperávamos do Brasil. Este é o lugar onde o futebol é uma religião. Esperávamos uma festa singular, e acho que o Brasil está no caminho de entregar tudo o que foi esperado”.

Brasil investiu em educação e saúde o equivalente a 210 Copas

Fazer a Copa das Copas custou o equivalente a uma pequena fração do que o Brasil de Lula e Dilma investiu em educação e saúde. Segundo dados do Ministério dos Esportes, foram R$ 8,3 bilhões destinados aos estádios - sendo que, no que se refere ao governo federal, não houve despesa orçamentária, mas financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no montante de R$ 3,8 bilhões (os outros R$ 4,5 bilhões dizem respeito a recursos privados e dos estados). Os demais investimentos, em mobilidade urbana, aeroportos, portos, telecomunicações, segurança etc, foram acelerados pelo evento, mas poderiam ter sido realizados independentemente da Copa.

Por outro lado, nesses mesmos quatro anos de preparação para a Copa, foram gastos pelo governo federal, estados e municípios, R$ 1,75 trilhão em educação e saúde, ou o equivalente a 210 vezes as despesas com a construção dos estádios da Copas. Só o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec) gastou, entre 2012 e 2015, mais de R$ 11,1¹bilhões em investimentos, 34% mais que o investimento total nos estádios da Copa (R$ 8,3 bilhões) – estádios estes que, é sempre bom lembrar, não foram feitos com recursos do orçamento da União.

¹ Fonte: Siga Brasil / Pronatec

Estrangeiros injetaram US$ 1,58 bilhão na nossa economia, um recorde histórico

Na Copa das Copas, a hospitalidade e a alegria do nosso povo ajudaram a receber de braços abertos mais de 1 milhão de estrangeiros e a bater um recorde na economia brasileira. Em apenas dois meses, em junho e julho de 2014, os gastos de estrangeiros no Brasil foi de US$ 1,58 bilhão, um aumento de 60% em comparação com a média dos meses de junho e julho dos três anos anteriores.

sucesso do evento alcançou também quem não estava presente nos estádios. A FIFA estimou em 3,2 bilhões o número de pessoas ao redor do planeta que assistiram à Copa pela TV.

Com Lula e Dilma, Brasil tornou-se palco da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, investiu como nunca em formação e incentivo a atletas e democratizou acesso à prática esportiva | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Com Lula e Dilma, Brasil tornou-se palco da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, investiu como nunca em formação e incentivo a atletas e democratizou acesso à prática esportiva | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Formando campeões


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Maior programa de patrocínio individual do mundo, o Bolsa Atleta investiu mais de um bilhão de reais em 11 anos

Criado em 2005 pelo presidente Lula, o maior programa de patrocínio individual do mundo, o Bolsa Atleta, nasceu para beneficiar atletas e paratletas de alto rendimento que obtêm bons resultados em competições nacionais e internacionais de sua modalidade.

A iniciativa foi pensada para garantir condições mínimas para que atletas possam se dedicar com exclusividade aos treinos e às competições locais, sul-americanas, panamericanas, mundiais, olímpicas e paraolímpicas. O benefício mudou a vida de muitos esportistas brasileiros e foi dividido em seis categorias de bolsas: Atleta de Base, Estudantil, Nacional, Internacional, Olímpico/Paraolímpico e Pódio.

A eficácia e a valorização do programa durantes os governos progressistas foram fundamentais na consolidação de uma política pública permanente, levando o Brasil a deixar no passado as campanhas irregulares, avançando para posições mais sólidas. Nas três últimas Olimpíadas o Brasil ficou em 22º lugar em Londres, em 13º no Rio de Janeiro e em 12º lugar em Tóquio.

Contemplados pelo Bolsa Atleta durante os governos Lula e Dilma

Nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, o Brasil foi representado por 259 atletas. Destes, 111 recebiam o Bolsa Atleta. O Brasil conquistou então três medalhas de ouro. Uma delas foi a da bolsista Sarah Menezes, judoca piauiense que conquistou a primeira medalha de ouro da história do judô feminino brasileiro, aos 22 anos.

No período de 2005 a 2015, o programa Bolsa Atleta desembolsou mais de R$ 1 bilhão em valores atualizados para 2021, segundo dados do Siga Brasil. No entanto, o programa é mais um alvo do desmonte ocasionado pelo golpe de 2016 e está sob constante desvalorização, com cortes inéditos no orçamento e sem aumento algum nos valores dos benefícios recebidos pelos atletas.

Bolsa Atleta ajudou a judoca Sarah Menezes a conquistar medalha de ouro nas Olimpíadas de Londres | Foto: Alaor Filho/COB

Bolsa Atleta ajudou a judoca Sarah Menezes a conquistar medalha de ouro nas Olimpíadas de Londres | Foto: Alaor Filho/COB

Com Lula e Dilma, atletas paralímpicos foram incluídos e valorizados

A atenção aos paratletas ganhou um impulso decisivo na preparação dos Jogos Panamericanos, em 2007, no Rio de Janeiro. Não havia interesse por parte dos entes envolvidos, públicos ou privados, em investir na categoria. O presidente Lula, então, intercedeu e exigiu que o ministério proporcionasse aos paratletas o mesmo tratamento e as mesmas condições dadas aos atletas olímpicos, num significativo gesto de inclusão social.

Nos Jogos Paralímpicos, com maior presença de bolsistas, o Brasil integrou o “top ten” nas quatro últimas Paralimpíadas: 9º em Pequim, 7º em Londres, 8º no Rio e 7º em Tóquio.

Atletas paralímpicos foram valorizados e tratados com igualdade nos governos Lula e Dilma. | Foto: Ale Cabral/CPB

Atletas paralímpicos foram valorizados e tratados com igualdade nos governos Lula e Dilma. | Foto: Ale Cabral/CPB

Medalhas do Brasil em Jogos Paralímpicos

Em 2014, o Bolsa Atleta alcançou sua maior abrangência, contemplando 7.588 atletas, distribuídos pelas seguintes categorias: Estudantil (319), Base (294), Nacional (4.633), Internacional (1.944), Olímpica/Paraolímpica (249) e Pódio (149). Os valores das bolsas variavam entre R$ 370 (categorias Estudantil e de Base) e R$ 3.100 (Olímpica/Paralímpica) e alcançavam valores superiores e variáveis no Bolsa Pódio, podendo chegar a R$ 15 mil. Em 2022, os valores do Bolsa Atleta continuam os mesmos, sem reajuste nos governos Temer e Bolsonaro.

Investimento para fazer do Brasil um colecionador de medalhas

O Plano Brasil Medalhas 2016, lançado em 2012 pela presidenta Dilma, tinha metas ousadas: colocar o Brasil entre os dez primeiros países nos Jogos Olímpicos (ficamos em 13º) e entre os cinco primeiros nos Jogos Paralímpicos do Rio, em 2016 (ficamos em 8º).

Segundo o Ministério dos Esportes, o plano investiu R$ 780 milhões de recursos novos no ciclo olímpico que se iniciou em 2013, ou seja, foram adicionados ao orçamento que o governo federal já aplicava no esporte olímpico.

O Brasil melhorou uma posição tanto nos Jogos Olímpicos quanto nos Paralímpicos de 2020, mostrando que o investimento é capaz de trazer resultados duradouros.

Bolsa para quem tem chances concretas de subir ao pódio

Uma das principais ações do Plano Brasil Medalhas 2016, a Bolsa Pódio, distribuiu valores mensais entre R$ 5 mil e R$ 15 mil para atletas que estavam entre os 20 melhores do mundo e com condições de brigar pelo pódio em 2016.

Além de atletas, também os técnicos receberam a bolsa (até R$ 10 mil por mês). O governo Dilma trabalhou ainda na construção e reforma de 23 centros de treinamento (22 de modalidades olímpicas e um de paralímpicas), seguindo a recomendação do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) de unificar todas as modalidades em um só local.

Presidenta Dilma Rousseff durante entrega da Bolsa Atleta Pódio aos Atletas Paralímpicos que participaram do Mundial de Atletismo em Lyon, na França. | Foto: Roberto Stuckert

Presidenta Dilma Rousseff durante entrega da Bolsa Atleta Pódio aos Atletas Paralímpicos que participaram do Mundial de Atletismo em Lyon, na França. | Foto: Roberto Stuckert

Esporte, saúde e cidadania


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Equipamentos multiuso para promover a iniciação à prática de esportes

Um dos maiores legados em infraestrutura esportiva das Olimpíadas e Paralimpíadas de 2016 chegou aos brasileiros com o investimento em Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs). São equipamentos multiuso para promover a iniciação à prática de esportes e para desenvolver o esporte de alto rendimento, estimulando a formação de atletas em áreas de vulnerabilidade social.

Com ginásios poliesportivos e outras estruturas com capacidade para receber até 13 modalidades olímpicas, sete paralímpicas e uma não-olímpica, os Centros eram parte do objetivo de estruturar uma rede para estimular a formação de novos atletas, mantendo o esforço realizado no ciclo olímpico como legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio.

Infelizmente, o golpe parlamentar de 2016 reduziu os investimentos no esporte e o alcance deste projeto. Das 285 unidades previstas inicialmente no PAC2, cujo orçamento era de R$ 967 milhões, mais da metade foi cancelada a partir do governo Temer. O governo Bolsonaro mudou o nome do projeto para Estação Cidadania e reduziu os investimentos, paralisando e cancelando diversos CEIs que estavam previstos. Em outubro de 2019, última informação disponível sobre a situação das obras – uma vez que os sites governamentais foram desestruturados e grande parte das bases de dados estão fora do ar – haviam 28 CEIs concluídos, dos quais 27 inaugurados, 23 em obras, 38 com obras atrasadas, 23 com obras paralisadas e 14 com obras não iniciadas, totalizando 126 CEIs.

Esporte se aprende na escola

Lançado em 2013, o Programa Atleta na Escola foi uma parceria entre governo federal, estados, Distrito Federal, municípios e comitês Olímpico e Paralímpico brasileiros, com o objetivo de incentivar a prática esportiva, democratizar o acesso ao esporte, desenvolver e difundir valores olímpicos e paralímpicos entre estudantes de 12 a 17 anos da educação básica, estimular a formação do atleta escolar e identificar e orientar jovens talentos.

Em 2014 o programa atendeu 4.790 municípios com 4,1 milhões de jovens e adolescentes entre 12 e 17 anos beneficiados em mais de 44 mil escolas.

Saúde é o que interessa

Criado em 2003 pelo governo Lula, o Projeto Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC) proporciona a prática de atividades físicas, culturais e de lazer que envolvem todas as faixas etárias e as pessoas com deficiência. Além disso, estimula a convivência social e a formação de gestores e lideranças comunitárias e favorece a pesquisa e a socialização do conhecimento, contribuindo para que o esporte e o lazer sejam tratados como políticas e direitos de todos.

Por um segundo tempo melhor

Criado em 2003, o Programa Segundo Tempo teve o objetivo de democratizar o acesso à prática esportiva no país, promovendo o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes como fator de formação da cidadania e melhoria da qualidade de vida, sendo implantado prioritariamente em áreas de vulnerabilidade social. O Programa tem como premissa a integração entre a política esportiva educacional e a política de educação, oferecendo práticas esportivas nas escolas no contraturno escolar.

Os números do Programa Segundo Tempo impressionam: segundo o Ministério dos Esportes, em 2015 o programa beneficiou 3,9 milhões de crianças e jovens em 19.637 escolas, de 2.969 municípios.

Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC) proporciona atividade física, convivência social e formação de lideranças comunitárias. | Foto: Thabata Alves / Prefeitura de Olinda (PE)

Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC) proporciona atividade física, convivência social e formação de lideranças comunitárias. | Foto: Prefeitura de Olinda (PE)

Incentivo ao esporte


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Lei incentivou investimentos na formação de novos talentos

Pleiteada por lideranças e atletas por vários anos, uma nova era do esporte foi deflagrada pelo presidente Lula ao lançar o Marco Legal do Esporte, lastreado na aprovação da Lei de Incentivo ao Esporte (lei 11.438/2006, regulamentada pelo Decreto 6.180/2007). O setor passou a ter direito a benefícios que já eram concedidos a outros segmentos da sociedade por meio de incentivo fiscal. Assim, empresas tributadas passaram a deduzir 1% do IR devido para apoiar projetos chancelados pelo ministério. Para as pessoas físicas, o limite é de até 6%.

No período de 2007 a 2015, segundo dados do Ministério dos Esportes, foram captados R$ 1,65 bilhão – R$ 2,73 bilhões em valores atualizados para 2021 – em 2.479 projetos.

Extensivo às mais variadas modalidades, os recursos poderiam financiar escolas de formação de talentos para crianças, custear equipes e atletas e organizar torneios e campeonatos, entre outras atividades.

Além disso, os governos Lula e Dilma impulsionaram as empresas estatais a patrocinar esportes e competições. Por intermédio de Dilma, a Caixa voltou a organizar o campeonato brasileiro de futebol feminino, que estava parado havia 12 anos.

Vôlei de praia foi um dos esportes patrocinados pelo Banco do Brasil | Foto: Nivaldo Alves/CBV

Vôlei de praia foi um dos esportes patrocinados pelo Banco do Brasil | Foto: Nivaldo Alves/CBV

Empresas estatais reforçaram patrocínios

As empresas estatais, que historicamente patrocinam o esporte brasileiro, desenvolveram apoios especiais na preparação para os Jogos Olímpicos de 2016.

Banco do Brasil, Banco do Nordeste, BNDES, Caixa, Correios, Eletrobrás, Infraero e Petrobras apoiaram o fortalecimento do esporte de alto rendimento do país em diversas modalidades: natação em águas abertas (maratona aquática), atletismo, canoagem, boxe, ciclismo BMX, futebol feminino, ginástica, handebol, hipismo, judô, lutas, modalidades paralímpicas, natação, pentatlo moderno, taekwondo, tênis, tiro esportivo, vela, vôlei, vôlei de praia.

Infelizmente, após o golpe contra Dilma Rousseff, o que era tradição virou mais um alvo de retrocesso. Os históricos patrocínios de empresas estatais a eventos esportivos diminuíram e, sob o governo Bolsonaro, os cortes foram vistos como “economia”.

O patrocínio das estatais, de olho em 2016

Governo Dilma e a retomada do futebol feminino

O governo Dilma inaugurou um esforço inédito para fortalecer o futebol feminino. O Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino 2013 voltou a ser disputado a partir de 2013, depois de 12 anos, com patrocínio da Caixa Econômica Federal e apoio do Ministério do Esporte.

Outras ações, voltadas para o desenvolvimento do esporte com foco nas jovens atletas, foram as realizações, a partir de 2014, da Copa Brasil Escolar Sub-17 e da Copa Brasil Universitário de Futebol Feminino.

No governo da ex-presidenta Dilma, o Ministério do Esporte apoiou também a realização de duas Copas Libertadores da América, em 2012, em Pernambuco, e em 2013, no Paraná. Foram investidos R$ 600 mil em cada uma das edições dessa competição, organizada em parceria com a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).

Futebol brasileiro feminino recebeu apoio inédito durante o governo Dilma. | Foto: Divulgação

Futebol brasileiro feminino recebeu apoio inédito durante o governo Dilma. | Foto: Divulgação

Fortalecimento institucional


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Novos tempos para o esporte brasileiro

No início de seu primeiro mandato, o presidente Lula separou o Ministério do Esporte e Turismo em duas pastas diferentes. Assim, já em janeiro de 2003², o esporte brasileiro passou a contar com ministério próprio. Mudança estratégica, que antecipava as importantes conquistas do país nos anos seguintes, com a realização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio. Em 2019, o ministério foi extinto pelo governo Bolsonaro e se tornou uma secretaria do Ministério da Cidadania.

As transformações verificadas no esporte brasileiro também levaram a importantes mudanças nas federações das diferentes modalidades esportivas. Faltava, porém, instituir uma regra que promovesse a democracia nessas instituições, como forma inclusive de aperfeiçoamento da gestão.

Por isso, em outubro de 2013, a presidenta Dilma sancionou a lei 12.868/2013, que limitou a quatro anos, com direito a apenas uma reeleição, o mandato dos dirigentes de entidades esportivas que recebem recursos federais e isenções fiscais.

² Fonte: Medida Provisória nº 103, de 1º de janeiro de 2003, convertida na Lei nº 10.683, de 2003.

A hora do Bom Senso Futebol Clube

Apaixonada pelo futebol, a presidenta Dilma Rousseff tomou a frente das discussões sobre a modernização da gestão do esporte. Dilma abriu diálogo tanto com dirigentes dos clubes quanto com representantes do Bom Senso Futebol Clube, movimento formado por jogadores interessados em “revolucionar o futebol brasileiro” e que durou de 2013 a 2016. Dois meses depois do fim do governo Dilma, o grupo anunciou que “não mais daria a cara” para criticar a CBF.

Entre outras medidas, o Bom Senso F. C. propunha a racionalização do calendário dos campeonatos, para garantir um futebol de melhor qualidade para os grandes times e de maior sustentabilidade para os pequenos; alteração nos horários dos jogos, para beneficiar atletas e torcedores; e controle sobre as finanças dos clubes, que seriam obrigados a gastar apenas o que arrecadam.

Os principais pontos da pauta de discussões foram a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, que seria aprovada em 2015, a regulamentação para garantir a participação de atletas nas assembleias das entidades – que virou lei em 2013 – e a criação do Plano Nacional de Desporto. Em 2015 foi criada uma comissão no Ministério do Esporte que elaborou a primeira versão concreta do plano, mas as discussões ficaram paradas em meio ao processo de impeachment, e o plano só seria criado em 2022.

Dilma recebe jogadores do Bom Senso F. C., para aprimorar a gestão do futebol brasileiro | Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência da República

Dilma recebe jogadores do Bom Senso F. C., para aprimorar a gestão do futebol brasileiro | Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência da República

Modernização da gestão esportiva levou Brasil a vitórias inéditas

Nos últimos anos, o Brasil conquistou uma nova posição no cenário esportivo mundial. As vitórias em modalidades onde somos historicamente fortes, como o futebol, o vôlei, a natação e o judô, estenderam-se também para outras áreas, como a ginástica artística, o handebol feminino e os esportes paralímpicos.

Com um trabalho de longo prazo e de grande qualidade, as meninas do handebol conquistaram um histórico Mundial em 2013, na Sérvia. Nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, Arthur Zanetti conquistou também a primeira medalha da ginástica artística do país, com o ouro nas argolas.

Nos Jogos Paralímpicos de Londres, o Brasil chegou ao melhor desempenho de sua história (igualado depois em 2020), conquistando 21 medalhas de ouro e garantindo a sétima posição no quadro geral de medalhas.

Seleção brasileira feminina de handebol conquistou a inédita medalha de ouro no campeonato mundial, na Sérvia | Foto: Cinara Piccolo/Comitê Olímpico Brasileiro

Seleção brasileira feminina de handebol conquistou a inédita medalha de ouro no campeonato mundial, na Sérvia | Foto: Cinara Piccolo/Comitê Olímpico Brasileiro

Olimpíadas para além do esporte

Foi só depois de 220 anos de Olimpíadas da Era Moderna que a América do Sul recebeu a primeira edição dos Jogos. Retrato de um mundo que mudava e de um Brasil que emergia como um dos novos centros da geopolítica internacional. Durante um mês, as atenções do mundo estavam voltadas para o Rio de Janeiro. O Brasil recebeu o número recorde de 6,6 milhões de estrangeiros durante o ano de 2016, segundo o Ministério do Turismo. A Prefeitura do Rio estima que a cidade tenha recebido 1,17 milhão de turistas, dos quais 410 mil estrangeiros, que teriam gastado R$ 4,1 bilhões na cidade durante as competições.

Além de medalhas, a conquista foi também em mobilidade urbana. Foi criada a Transolímpica, via de 23 km que liga os bairros do Recreio, no extremo oeste e Deodoro, na zona norte da cidade. Também foram inauguradas as novas linhas de BRT (transporte rápido por ônibus), a linha 4 do metrô (com 16km de extensão) e ligando o Centro à região portuária e ao aeroporto Santos Dumont.

A cidade ganhou ainda o Porto Maravilha, com a revitalização da zona portuária, o Museu do Amanhã e até o Sambódromo foi reformado primeiro trecho do silencioso Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), com 28 km.

Com o VLT, turistas tiveram mais facilidade para transitar e conhecer prédios históricos do Rio de Janeiro. | Foto: André Motta/brasil2016.gov.br

Com o VLT, turistas tiveram mais facilidade para transitar e conhecer prédios históricos do Rio de Janeiro. | Foto: André Motta/brasil2016.gov.br

Desmonte


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Desmonte

A conta do movimento golpista contra Dilma Rousseff chegou também às políticas públicas esportivas. Sob o governo Bolsonaro, os investimentos em esporte foram atingidos e os repasses para o maior programa de patrocínio individual do mundo, o Bolsa Atleta, tiveram uma redução inédita desde que foi criado, em 2005.

Segundo dados da Secretaria Especial de Esportes, nos cinco anos de preparação para as Olimpíadas do Japão, o orçamento do programa foi de R$ 530,4 milhões, uma redução de 17% comparado à preparação do Jogos do Rio em 2016, que teve o orçamento de R$ 641,1 milhões.

Além da extinção do Ministério dos Esportes para se transformar em Secretaria, a falta de comprometimento do atual governo com a pasta reflete na paralisação das obras dos Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs), nos cortes de patrocínio de empresas estatais a esportes e competições e no fim do legado de um país que estava construindo sua potência esportiva.

Os estádios construídos para a Copa irão se tornar o que chamam de “elefantes brancos”?

Não. Os estádios – na verdade, arenas multiuso – são um legado para as 12 cidades-sede, constituindo-se em locais com potencial de excelência internacional, para realização de disputas esportivas e eventos culturais.

Qual o risco de os recursos destinados ao esporte serem desviados por dirigentes corruptos e que se perpetuarão no poder nas entidades e federações esportivas?

As transformações verificadas no esporte brasileiro também levaram a importantes mudanças nas federações. A fim de garantir que os avanços se consolidem, e mais avanços aconteçam, em outubro de 2013, a presidenta Dilma Rousseff sancionou a lei 12.868/2013, segundo a qual os mandatos dos dirigentes de entidades esportivas que recebem recursos federais passaram a poder ter no máximo quatro anos, com uma única recondução permitida. O objetivo da medida foi oxigenar a gestão dessas entidades.

Quais os resultados práticos promovidos pelos investimentos no esporte brasileiro?

Além de ter conquistado vitórias em áreas fortes há décadas no país – como o futebol, vôlei, natação e judô – com Lula e Dilma o Brasil também se fortaleceu em novas áreas, como as modalidades paralímpicas, a ginástica artística e o handebol feminino. Com um trabalho de longo prazo e de grande qualidade, as meninas brasileiras do handebol conquistaram o Campeonato Mundial de 2013, na Sérvia. Nos Jogos Olímpicos de Londres, 2012, Arthur Zanetti conquistou a primeira medalha da ginástica artística do país, com o ouro nas argolas. E nos Jogos Paraolímpicos de 2012, em Londres, o Brasil chegou ao melhor desempenho da história do país, conquistando 21 medalhas de ouro e garantindo a sétima posição no quadro geral de medalhas.